ARRAIÁ DE SABORES

É claro que neste mês não poderíamos deixar as guloseimas que tanto nos alegra nas festividades juninas passarem por despercebidas, não é? Por isso mais uma vez o Chef Flávio Augusto traz a releitura de dois clássicos, transformando em sorvete, a Pamonha e o Pé de Moleque.

Para abrir a nossa conversa, vamos falar um pouquinho da origem da pamonha, ou pelo menos, tentar remontar algumas alternativas para tal, afinal nada comprova a sua origem. Há quem diga que ela vem das tradições indígenas, que dominavam o cultivo do milho. Essa sugestão fica forte quando ao analisar que a palavra “Pamonha” vem do tupi “Pa'muña”, que significa pegajoso. Outros falam que os portugueses trouxeram para o Brasil uma receita muito semelhante à da Pamonha e que os escravos africanos teriam feito adaptações na receita em cada região.
Independente disso, podemos dizer que ela é uma das preciosidades do Brasil, afinal a Pamonha é muito consumida na região centro-oeste, mais especialmente no estado de Goiás, mas também está presente em Minas e São Paulo, onde podemos ressaltar a Cidade de Piracicaba.
Quem nunca ouviu o carro da pamonha passando em frente de casa com aquela voz “Pamonhas, pamonhas, pamonhas, pamonhas de Piracicaba”, pois é, as pamonhas da família Rodrigues na década de 70, difundiu a cultura da Pamonha e disseminou o nome da cidade de Piracicaba, alcançando a marca de 6mil pamonhas vendidas por dia.
Com variações salgadas e doces, a Pamonha é uma delícia, e nesse mês ganhou a sua versão no sorvete que é fabricado com milho e recebe o recheio de doce de milho cremoso, que deixa a experiência da colherada, uma verdadeira perdição.

Pé de moleque, é o segundo sabor do mês de junho e tem muita história boa que levou este sabor ser o escolhido do mês. Tipicamente brasileiro, o doce foi criado no século XVI com a chegada da cana-de-açúcar à Capitania de São Vicente, trazida pelo navegador Martin Afonso de Sousa, mas foi somente na década de 30, que ele passaria a ser produzido sistematicamente no interior de Minas Gerais, Estado onde se encontra a cidade de Piranguinho, muito famosa pela produção artesanal do doce, e que leva o título de Capital Nacional do Pé de Moleque, destacando-se com a “Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo”.
Para você ter uma ideia o ano passado (2018), a Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo em Piranguinho reuniu mais de 15 mil pessoas que acompanharam a produção de mais um doce gigante que mediu 23 metros e 13 centímetros. Imagina só?
Agora você sabe o motivo que essa delicia ganhou esse nome? Pois bem, tem duas alternativas para o batizado da guloseima. A primeira versão é devido à semelhança da cor do doce com a cor e os calos dos pés das crianças acostumadas a correr no chão de terra batida. Já a segunda versão, diz que o nome se originou da fala das cozinheiras que eram amoladas pelas crianças que pediam por um pouco de doce enquanto elas mexiam seus tachos e diziam a eles “Pede, moleque!” kkkk.
Independente das versões, o doce é maravilhoso e ganhou a sua versão em sorvete. Uma deliciosa massa que é saborizada com a caramelização do açúcar da calda, e que ganha mesclas de pé de moleque de colher, produzido pelo Chef Flávio exclusivamente para esse sabor e pedacinhos de pé de moleque tradicional, que trazem ainda mais textura a essa exclusividade que é limitadíssima.
Como você já sabe, todo mês temos dois sabores exclusivos para você saborear, então corre já para a nossa loja antes que o mês chegue ao fim para provar os sabores juninos! Se você já provou, deixe aqui o seu comentário!
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